terça-feira, 16 de outubro de 2012

Quarto dia....

Hoje o bicho pegou...

Mais um dia de vida dura e aventuras e hoje começamos bem, saímos no horário marcado rumo a Villa Angela, uma cidadezinha do Chaco Argentino. Nosso objetivo em torno de 540 Km de muita reta, chuva de gelo, vento com chuva, chuva com chuva, e chuva... enfim prato cheio para hoje... já na saída pela manhã olhávamos o céu na direção que iriamos e sabíamos que teríamos surpresas, somente não imaginávamos que fosse tão rápido...
 
 
 
 
Tinhamos percorrido cerca de 50 Km e o Emerson sugeriu “vamos por as capas de chuva”!!!! Eu disse “sim, espere um local mais apropriado, não quero parar no acostamento..”, após alguns metros avistei um mercadinho de beira de estrada e assim paramos, não havia sinal de chuva mas a coisa prometia... Demoramos cerca de 10 minutos para colocar a parafernália e quando estávamos saindo um senhor falava com o Rogerio apontando para o céu... até ai eu não sabia oque falavam e eu pensei “isto esta nos atrasando, vamos logo”...
 
 
Quando viro para a frente para subir para a pista, uma pequena surpresinha, chuva de granizo mas de repente, do nada... e corre pra lá e pra cá para abrigar não somente a nós como as motos... Eu entrei em um galpão abandonado, os outros 3 na cobertura do mercadinho... a chuva durou uns 10 minutos, mas com muito gelo pedras grandes, depois me falaram que o senhor tentava explicar ao Rogério para não irmos pois iria cair gelo... como o Rogerio não entendia nada, depois ficou mais claro que o senhor estava bem intencionado.
 
 
 
 
Esperamos passar e saímos em seguida ainda com as roupas de chuva pois o piso estava totalmente encharcado, a nuvem agua formada por carros e caminhões era intensa. Depois de uns 30 Km paramos em um posto para abastecer e nos livramos das roupas de chuva..
 
 
 
 
 
Ao nos prepararmos para sair, notei uma barra da proteção de motor e tanque de minha moto solta, esta barra é afixada na moto por dois parafusos de cada lado dos suportes de proteção, haviam se soltado e somente um segurava a peça no lugar, caso caísse poderia provocar um dano maior, pois a tendência seria cair e a roda traseira passar por cima... no mínimo um bom susto... como costumo levar parafusos e porcas de reserva, não tivemos dificuldade para fixa-la novamente e assim partimos em seguida...a mas isso tambem foi culpa daqule cavalo  $#%$%@#
 
 
Rodamos mais alguns quilômetros e o tempo fechou novamente, começou a garoar e estávamos reticentes em parar para colocar a indumentária de chuva, não teve solução e lá vamos gastar mais tempo, aliás quem usa capas de chuva sabe o  “pé” que é parar e vesti-la... o pior ainda e coloca-la por cima de roupas já umedecidas pela garoa, vira um forno, parece que você tá dentro de uma panela de pressão com a cabeça pra fora, ou melhor, com cabeça dentro de um secador, aqueles antigos que víamos em salões de beleza..
 
 
E vamos nessa, com mais chuva.. como não parava, paramos nós. Achamos um restaurante antes de atravessar a ponte para Resistencia e resolvemos almoçar, ficamos por lá cerca de 2 horas até o sol aparecer.. e vamos embora sob um sol fraco mas quente... andamos cerca de 50 km e novamente “CHUVA”, nunca vesti e tirei tanto esta roupa em tão pouco tempo. A chuva passou, o sol abriu e paramos em um posto para abastecer e aproveitamos para tirar esta a capa...
 
 
Seguimos, foi andar mais uns 80 Km e novamente o céu fechou e desta vez a coisa ficou preta mesmo... paramos e roupa novamente!!!! Estávamos e uns 120 Km de onde parariamos (Villa Angela), pegamos uma tempestade de chuva e vento que todos nós queríamos parar, mas não havia local, ou melhor podia até ter algum local, mas como não enxergávamos mais que 50 mts tivemos que ficar na pista andando devagar com os piscas e faróis ligados... rimos muito, pois o Emerson reclamava que a moto ia sair de baixo, ele ia cair no acostamento, não enxergava nada, enfim estava no desespero. Nunca passei por uma situação como esta e eles também não, de vento eu já tinha levado uma surra, mas com chuva foi a primeira vez, coisa do filme Twister (Furacão)... só não vi vaca voando... hehehe... Ficamos uns 10 minutos nesta situação e o tempo abriu novamente com sol forte e quente.... me recusei a tirar a roupa de chuva e continuamos assim por mais 80 km... dentro da panela de pressão claro!!!  ainda tento colocar no blog a filmagem... prometo!!!
 
 
Finalmente chegamos ao nosso destino, depois de intermináveis retas e esta situação, Villa Angela é uma cidade interiorana muito acolhedora, nosso hotel fica defronte a praça central com fonte, igreja e coreto, típica né!!!
 
Novamente nossa comemoração se deu com vinho em um excelente restaurante de um clube, muita risada sobre os eventos do dia, principalmente pela choramingo do Rogério na hora do desespero. Mais uma etapa cumpria e amanha rodaremos cerca de 500 rumo a Termas do Rio Rondo.
 
 

2 comentários:

  1. Ai David, o que não esta faltando é aventura que tenho acompanhando diariamente. Depois da experiencia dos parafusos, sugiro manter um check-list antes de sair e rodar cerca de 500Km, como prevenção. Desejo a voce e aos seus companheiros uma otima viagem, com diversão, emoção,atenção e coração.

    Abraços,

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  2. que desafio ! como sera que quebrou o suporte do motor? como esta se comportando o muff que voce fez? abr Neto

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